domingo, 21 de setembro de 2008

"Que sociedade é mais justa, aquela que valoriza as boas intenções e o esforço ou aquela que valoriza os resultados?" (Stephen Kanitz)

sexta-feira, 13 de junho de 2008


O JORNALISMO É O EXERCÍCIO DIÁRIO DA INTELIGÊNCIA E A PRÁTICA COTIDIANA DO CARÁTER.
Cláudio Abramo, jornalista brasileiro (1923-1987)

Notícia corrompida: o que fazer?



Entendemos os fatos relatados e transmitidos pelos meios de comunicação como verdadeiros por pensar que retratam a realidade, mostram e revelam o que acontece todos os dias em nossa sociedade. No entanto, ao constatarmos que a notícia também foi corrompida pelo capitalismo tornamo-nos descrentes, sentindo-nos manipulados e com a sensação de ter roubado nosso direito à informação. Desde então, diante do noticiário, passamos a indagar e a perceber os interesses embutidos na notícia divulgada. Estamos desinformados daquilo que foi omitido por desinteressar ou não ser bom para o “cliente capital”.
É interessante observar a perda do caráter de constetação provocado pela forma como o produto notícia é apresentado. Tudo bem padronizado e moldado para não deixar dúvida e consolidar-se como verdade absoluta. A qualidade do produto é tamanha que vende muito bem. A notícia vende marcas, ideologias de consumo e valores sociais.
Vivemos a Idade Mídia que guarda potenciais relacionados ao desenvolvimento de nossas crianças e adolescentes. Contudo, estas possibilidades necessitam se desdobrar e florescer. Por isso, todos nós - empresários, artistas, produtores, publicitários, jornalistas, pesquisadores, professores, pais e cidadãos - estaremos sendo motivados a assumir, perante o presente e o futuro, novos desafios pela maior qualidade dos meios de comunicação.
Promover e garantir a qualidade da mídia devem ser os objetivos de todos – dos que produzem e utilizam, sem exceção. Mas é preciso, antes de tudo, definir o que é qualidade. Um desafio de ontem e de hoje. Definir não de uma forma autoritária, imposta ou unilateral. Mas de maneira participativa, onde todos estejam articulados na defesa de uma programação de qualidade inclusiva. Há que se respeitar a criatividade e a liberdade de expressão. Há que se respeitar a diversidade cultural, social, étnica, religiosa e econômica de cada região deste país. E há que se respeitar, principalmente, o direito das crianças e dos adolescentes. Encontrar as respostas para todos estes e outros desafios que surgem cabe a cada um de nós.
Um uso democrático da mídia pressupõe que ela não se limite apenas a atingir muitos ouvidos e muitos olhos, mas também que ela possa ser a ampliação de muitas vozes. Que não seja apenas uma mensagem para muita gente, mas possa ser a porta-voz de muita gente. O mundo é feito de variedade e diferença, isso é que faz sua riqueza. A imposição de um modelo único, uma versão única ou uma linguagem única é profundamente autoritária e ditatorial. Nada pode legitimar que um grupo de seres humanos cale os demais forçando-os a receber apenas sua produção cultural.
É necessário repensar o papel da mídia em nossa sociedade. Por ser detentora de um poder irresistível e desempenhar uma função relevante na construção da sociedade, as instituições jornalísticas devem estar em constante vigilância pela sociedade. Logo, contribuir para o aperfeiçoamento democrático dessa sociedade atuando e participando criticamente no consumo e na produção da mídia - um direito inquestionável.

Óculos Escuros

A Literatura de auto-ajuda como Produto Industrial

A literatura de auto-ajuda, que veio como solução para problemas criados pela própria indústria cultural: a temporalidade das representações deflagrou uma crise na subjetividade do indivíduo, levando-o a uma fragmentação da personalidade; o pânico e a depressão são sintomas mais claros desse quadro moderno. No Brasil, um dos maiores escritores de obras classificadas como de auto-ajuda, Augusto Cury, não foge à regra da produção em série, caracterizada pela repetição exaustiva de conteúdos, relacionados ao bem estar emocional e psíquico dos indivíduos.onados ao bem estar emocional e psíquico dos indivíduos.



A solução apresentada para tais questões, já não funciona mais, porque estão submetidas a um status lucrativo, característico do capitalismo radical que a tudo agrega valor mercadológico: cultura, moradia, segurança, educação, saúde, felicidade; nem mesmo o conhecimento que deveria estar resguardado da comercialização indiscriminada, não está. Este sai do âmbito acadêmico e é lançado por meio dos livros de auto-ajuda, nas áreas de psicologia, psicanálise e psiquiatria. O intuito dessas publicações não é, necessariamente, resolver as inquietações dos indivíduos, mas principalmente em lucrar. Isto se afirma especialmente nas sociedades urbanas capitalistas, escravizadas pelas futilidades, e que vivem numa insatisfação latente.

A Notícia como Produto



Omissão, sonegação, submissão, deformação, saturação, neutralização e redução são conseqüências do processo de edição que, embora “naturais”, invertem a vocação expressa do jornalismo: a missão de informar. (SERVA:2001)

Diariamente o campo jornalístico é colocado à prova dos vereditos do mercado, através das sanções dos patrocinadores intrinsecamente relacionado ao índice de audiência: o que importa é se a informação vende bem. A notícia é como é por passar por um processo de valorização econômica que a transforma cada vez mais em um produto para ser consumido pelo mercado capitalista.Nesse emaranhado de acordos financeiros, como fica então o telespectador, ouvinte, cidadão comum se é através dos meios de comunicação que procuram se informar? Quantas notícias deixam de ser divulgadas e outras distorcidas para garantir a integridade do “cliente” e cumprir o tempo estabelecido para o noticiário, que é rateado com a publicidade, esta com maior espaço. Com certeza, estamos todos desinformados ou mal informados sendo paradoxal o papel do jornalismo.



Depoimento de um jornalista

Depoimento de um jornalista
Augusto Medeiros - repórter
Augusto Medeiros, repórter da Tv Grande Rio, petrolina/PE.
"Fazer jornalismo nos dias de hoje é um grande desafio porque há muitas dificuldades que você tem que enfrentar pra conseguir fazer, principalmente, um bom jornalismo. Então acredito que, só consegue se manter na profissão, ter uma certa satisfação e realização profissional quem realmente ama a profissão."

Atenção! Em breve você vai conferir a entrevista na íntegra, com o vídeo que foi produzido.

Presente

Presente
Anatomia do monólogo

ser ou não ser?
er ou não er?
r ou não r?
ou não?
onã?

(José Paulo Paes)