A literatura de auto-ajuda, que veio como solução para problemas criados pela própria indústria cultural: a temporalidade das representações deflagrou uma crise na subjetividade do indivíduo, levando-o a uma fragmentação da personalidade; o pânico e a depressão são sintomas mais claros desse quadro moderno. No Brasil, um dos maiores escritores de obras classificadas como de auto-ajuda, Augusto Cury, não foge à regra da produção em série, caracterizada pela repetição exaustiva de conteúdos, relacionados ao bem estar emocional e psíquico dos indivíduos.onados ao bem estar emocional e psíquico dos indivíduos.
A solução apresentada para tais questões, já não funciona mais, porque estão submetidas a um status lucrativo, característico do capitalismo radical que a tudo agrega valor mercadológico: cultura, moradia, segurança, educação, saúde, felicidade; nem mesmo o conhecimento que deveria estar resguardado da comercialização indiscriminada, não está. Este sai do âmbito acadêmico e é lançado por meio dos livros de auto-ajuda, nas áreas de psicologia, psicanálise e psiquiatria. O intuito dessas publicações não é, necessariamente, resolver as inquietações dos indivíduos, mas principalmente em lucrar. Isto se afirma especialmente nas sociedades urbanas capitalistas, escravizadas pelas futilidades, e que vivem numa insatisfação latente.
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