sexta-feira, 13 de junho de 2008

Notícia corrompida: o que fazer?



Entendemos os fatos relatados e transmitidos pelos meios de comunicação como verdadeiros por pensar que retratam a realidade, mostram e revelam o que acontece todos os dias em nossa sociedade. No entanto, ao constatarmos que a notícia também foi corrompida pelo capitalismo tornamo-nos descrentes, sentindo-nos manipulados e com a sensação de ter roubado nosso direito à informação. Desde então, diante do noticiário, passamos a indagar e a perceber os interesses embutidos na notícia divulgada. Estamos desinformados daquilo que foi omitido por desinteressar ou não ser bom para o “cliente capital”.
É interessante observar a perda do caráter de constetação provocado pela forma como o produto notícia é apresentado. Tudo bem padronizado e moldado para não deixar dúvida e consolidar-se como verdade absoluta. A qualidade do produto é tamanha que vende muito bem. A notícia vende marcas, ideologias de consumo e valores sociais.
Vivemos a Idade Mídia que guarda potenciais relacionados ao desenvolvimento de nossas crianças e adolescentes. Contudo, estas possibilidades necessitam se desdobrar e florescer. Por isso, todos nós - empresários, artistas, produtores, publicitários, jornalistas, pesquisadores, professores, pais e cidadãos - estaremos sendo motivados a assumir, perante o presente e o futuro, novos desafios pela maior qualidade dos meios de comunicação.
Promover e garantir a qualidade da mídia devem ser os objetivos de todos – dos que produzem e utilizam, sem exceção. Mas é preciso, antes de tudo, definir o que é qualidade. Um desafio de ontem e de hoje. Definir não de uma forma autoritária, imposta ou unilateral. Mas de maneira participativa, onde todos estejam articulados na defesa de uma programação de qualidade inclusiva. Há que se respeitar a criatividade e a liberdade de expressão. Há que se respeitar a diversidade cultural, social, étnica, religiosa e econômica de cada região deste país. E há que se respeitar, principalmente, o direito das crianças e dos adolescentes. Encontrar as respostas para todos estes e outros desafios que surgem cabe a cada um de nós.
Um uso democrático da mídia pressupõe que ela não se limite apenas a atingir muitos ouvidos e muitos olhos, mas também que ela possa ser a ampliação de muitas vozes. Que não seja apenas uma mensagem para muita gente, mas possa ser a porta-voz de muita gente. O mundo é feito de variedade e diferença, isso é que faz sua riqueza. A imposição de um modelo único, uma versão única ou uma linguagem única é profundamente autoritária e ditatorial. Nada pode legitimar que um grupo de seres humanos cale os demais forçando-os a receber apenas sua produção cultural.
É necessário repensar o papel da mídia em nossa sociedade. Por ser detentora de um poder irresistível e desempenhar uma função relevante na construção da sociedade, as instituições jornalísticas devem estar em constante vigilância pela sociedade. Logo, contribuir para o aperfeiçoamento democrático dessa sociedade atuando e participando criticamente no consumo e na produção da mídia - um direito inquestionável.

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Depoimento de um jornalista

Depoimento de um jornalista
Augusto Medeiros - repórter
Augusto Medeiros, repórter da Tv Grande Rio, petrolina/PE.
"Fazer jornalismo nos dias de hoje é um grande desafio porque há muitas dificuldades que você tem que enfrentar pra conseguir fazer, principalmente, um bom jornalismo. Então acredito que, só consegue se manter na profissão, ter uma certa satisfação e realização profissional quem realmente ama a profissão."

Atenção! Em breve você vai conferir a entrevista na íntegra, com o vídeo que foi produzido.

Presente

Presente
Anatomia do monólogo

ser ou não ser?
er ou não er?
r ou não r?
ou não?
onã?

(José Paulo Paes)